Hábito de comer carne pode ter ajudado expansão humana

27/04/2012 14:17

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Impact of carnivory on human development and evolution revealed by a new unifying model of weaning in mammals

Onde foi divulgada: revista PLoS ONE

Quem fez: Elia Psouni, Axel Janke, Martin Garwicz

Instituição: Universidade de Lund, Suécia

Dados de amostragem: mamíferos de 70 espécies diferentes

Resultado: Inclusão da carne na dieta humana foi decisiva para o homem se espalhar pela Terra

leia mais em: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/habito-de-comer-carne-pode-ter-ajudado-expansao-humana

Camundongo recupera visão após transplante de células

24/04/2012 15:59

Cientistas britânicos conseguiram recuperar a visão de camundongos cegos, transplantando células fotorreceptoras sensíveis à luz em seus olhos.

O procedimento representa um avanço em direção a um novo tratamento para pacientes com doenças oculares degenerativas.

Cientistas do Instituto de Oftalmologia da Universidade College London (UCL) injetaram células de roedores jovens diretamente nas retinas dos camundongos adultos que tinham problemas de visão.

As descobertas foram publicadas recentemente na prestigiada revista científica Nature.

Quatro a seis semanas depois do transplante, uma em cada seis das células transplantadas – que são especialmente importantes para permitir a visão em locais escuros – haviam formado as conexões necessárias para transmitir informações visuais ao cérebro.

Os pesquisadores testaram a visão dos roedores transplantados em um labirinto pouco iluminado e cheio de água.

O resultado é que os camundongos com as células novas conseguiam perceber o caminho que os levava a uma plataforma e os salvava da água. Já os animais que não receberam células só conseguiam encontrar a plataforma por acaso ou depois de uma extensa exploração do labirinto.

Integração de circuitos

A perda de fotorreceptores é a causa da cegueira em muitas das doenças oculares que afetam humanos, como a degeneração macular relacionada à idade, alguns problemas na retina e a perda de visão decorrente do diabetes.

Camundongo em experimento em labirintoExperimento usou camundongos com visão normal, cegos e transplantados

Para Robin Ali, pesquisador do Instituto de Oftalmologia da UCL e do Hospital de Olhos Moorfields, que liderou os estudos, “mostramos pela primeira vez que células fotorreceptoras transplantadas podem se integrar, de forma bem-sucedida, com o circuito já existente da retina e melhorar de fato a visão (dos camundongos)”.

Segundo Ali, o teste do labirinto serviu de “prova” de que uma parte considerável da visão dos camundongos havia sido restaurada.

“Esperamos que, em breve, possamos reproduzir esse sucesso com fotorreceptores derivados de células-tronco embrionárias e finalmente iniciar exames com humanos”, agregou.

Mas, apesar das perspectivas promissoras, ainda há muitas etapas a serem superadas até que o tratamento esteja apto para ser usado em pacientes.

Os cientistas também planejam experimentar com fotorreceptores derivados de células-tronco embrionárias, mas a eficácia de seu transplante ainda é duvidosa.

Recuperação funcional

Ainda assim, para Rob Buckle, chefe do departamento de medicina regenerativa do Medical Research Council, um dos financiadores da pesquisa, o estudo da UCL “é um marco que servirá de informação para futuras pesquisas em uma variedade de campos, incluindo pesquisas sobre visão, neurociência e medicina regenerativa”.

“(A pesquisa) oferece provas claras de recuperação funcional no olho danificado, o que estimula o desenvolvimento de terapias com células-tronco para lidar com muitas doenças oculares que afetam milhões de pessoas pelo mundo”, agregou.

Já existem outras linhas de pesquisa que tentam tratar a cegueira usando transplante celular. No ano passado, o mesmo grupo de estudos da UCL foi autorizado a realizar o primeiro teste clínico europeu envolvendo células-tronco embrionárias de humanos.

O estudo envolve pacientes com o mal de Stargardt, uma das principais causas de cegueira em jovens.

Fonte BBC Brasil

Comer pouco ativa molécula que mantém o cérebro jovem, diz estudo

24/12/2011 20:58

Comer com moderação ativa uma molécula que ajuda o cérebro a manter-se jovem, segundo um estudo realizado com ratos por pesquisadores italianos.

Os cientistas da Universidade Católica do Sagrado Coração de Roma descobriram que esta molécula, chamada CREB1, se ativa no cérebro dos ratos submetidos a uma dieta baixa em calorias.

A molécula por sua vez estimula os genes relacionados com a longevidade e o bom funcionamento cerebral, afirma o estudo publicado nesta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

“Pela primeira vez identificamos um importante mediador dos efeitos da dieta sobre o cérebro”, afirmou Giovambattista Pani, do Instituto Geral de Patologia da universidade romana, um dos autores principais do estudo.

Segundo o cientista, a descoberta “tem importantes implicações para o desenvolvimento de futuros tratamentos para manter o cérebro jovem e prevenir sua degeneração e o processo de envelhecimento”.

“Esperamos encontrar um modo de ativar a CREB1 com novos remédios, de modo que se possa manter jovem o cérebro sem necessidade de uma dieta restrita”, comentou Pani.

Diversos modelos experimentais já demonstraram que uma dieta baixa em calorias, na qual os animais ingerem até 70% dos alimentos que consomem normalmente, melhora a capacidade cognitiva e aumenta a expectativa de vida.

Porém, até agora se desconhecia o mecanismo molecular concreto responsável por este efeito positivo, segundo o estudo.