Manifesto da Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares

18/12/2015 17:31

A ‪#‎radioterapia‬ é um método de tratamento do ‪#‎cancer‬ através da radiação. Todos conhecem os efeitos colaterais, que diminuiram muito devido à pesquisa científica contra o câncer, inclusive com o uso de animais de laboratório. A Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares divulga manifesto esclarecedor a respeito. ‪#‎animalresearch‬ ‪#‎pesquisacomanimais‬

A Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares divulga manifesto em favor da experimentação animal em pesquisas com radiações

A edicão do JC email do dia 09/12/2015 publicou a íntegra do Manifesto. Veja abaixo o teor do documento.

No texto, a SBBN argumenta que experimentos com radiações não ionizantes, como fototerapia e vibrações mecânicas, ainda não podem prescindir da experimentação animal.

A Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN) divulgou ontem, dia 8, um manifesto sobre a importância da experimentação animal em pesquisas com radiações para melhorar a saúde no País. Segundo o documento pesquisas com técnicas nucleares para medicamentos e vacinas, estudos de radiobiologia para aplicações terapêuticas e modelagem ambiental e experimentos com radiações não ionizantes, como fototerapia e vibrações mecânicas, são áreas que ainda não podem prescindir da experimentação animal.

No manifesto, a SBBN lembra que a experimentação animal é regulada pela chamada “Lei Arouca” (Lei 11.794), que foi aprovada em 08 de outubro de 2008. Essa lei criou o Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (CONCEA), composto por membros representantes do MCTI e instituições como a SBPC e a Academia Brasileira de Ciências (ABC). “Qualquer instituição que utiliza animais para ensino e pesquisa deve requerer Credenciamento Institucional para Atividades com Animais em Ensino ou Pesquisa (CIAEP) junto ao CONCEA”, explica.

Entretanto, segundo o documento, a Câmara dos Deputados instaurou em 2015 uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os maus-tratos de animais cujo relatório final propõe um projeto de lei que delega as atuais atribuições deste CONCEA a uma câmara recursal. “A quem interessa acabar com o CONCEA e com os ganhos da lei Arouca? Por que não gastarmos nosso tempo em trabalho produtivo ao invés de desmontar uma estrutura viável e que já levou anos para ser construída?”, questiona.

A carta reitera ainda que seus membros titulares utilizam o número mínimo aceitável estatisticamente de animais para cada experimento e que estes são realizados somente após aprovação de um projeto de pesquisa detalhado.

Além disso, expressa também que a SBBN apoia a busca de métodos alternativos à experimentação animal, “embora em sua área de atuação estes procedimentos ainda não existam em nenhum país e, por essa razão, tais pesquisas demandarão recursos financeiros e humanos consideráveis e trabalho de longo prazo”.